VAMOS BEBER NA FONTE DO NOSSO INTERIOR

Socorro Santos

Sempre pensei sobre o apego como uma forte arma do amor. Como forma de dizer te quero, te amo, sinto falta de ti, não te afastes de mim, sou louca por te amar demais.

O apego é uma arma que denota querer, mas é ruim e prejudicial para a alma. É muito melhor beber na fonte interior da inteligência, da sabedoria , do que viver na ilusão da posse de alguém ou de alguma coisa.

Transcorrem hoje,um mês e 20 dias da ruptura de vida do meu pai. Ele foi ao encontro do Pai Eterno, e tento me conscientizar de que chegou a hora também de trabalhar o desapego.

A dor da perda é do tamanho do apego que se tem por alguém ou alguma coisa. A falta que faz é muito grande, e a saudade é a maior dor.

Quando  minha mãe foi para o plano eterno, que completam, hoje, 3 anos, a falta e a saudade se transformaram num vazio muito grande, mas  eu acho que consegui superar, porque a fonte da minha alma me conduz para lembranças boas de minha mãe.

Penso ardentemente que tudo que sou, como sou, como penso e o que realizo na vida, é fruto do  amor de minha  mãe e   da condução dos  seus filhos para o bem. A forma de vida, de amar, de olhar o mundo da mamãe, sempre nos mostrou  que tinha os olhos de quem alcançava a vida há pelo menos 10 anos à frente. Ela era atualizada, vaidosa e simples. Tinha hábitos bons de sempre trabalhar, de descobrir a vida e os trejeitos para  se sair bem em tudo que empreendera.

Foi sempre dona de casa dedicada e mãe amorosa e preocupada na proteção dos filhos. Dizia repetidas vezes que quem criava e educava filhos sem pai, a preocupação  e as tarefas de mãe eram dobradas.

 Hoje, vejo que tudo era zelo pelas “crias”. “Não quero que meus filhos passem o que eu passei para chegar até aqui”. Dizia esta frase repetidas vezes. Isto é exemplo de mãe que quer o melhor para seus filhos. Ah! Que saudade! Mas procuro sempre sorrir quando estou me lembrando dela em detalhes, porque a dor da perda e as lembranças são constantes. A dor da perda de uma mãe só é igual a dor de perder outra mãe, como não se tem duas, não se pode mensurar.

 Pensar em Deus, pensar em si e mergulhar profundamente na fonte interior, encontra-se ânimo e coragem para encarar e conduzir a vida que é cheia, repleta de belas nuances e ciclos onde cada sentimento é novamente descoberto e com força divinal. Só Deus é a resposta. Este é meu jeito de ser. E se não fosse?

DESCUBRA O PODER INTERIOR E VIVA FELIZ

Socorro Santos

Hoje acordei pensando que tenho poderes para tudo na vida. Ora, se sou uma pessoa otimista, crédula, segura e confiante em mim mesmo, tenho, portanto, o universo, o imenso mundo cósmico trabalhando, batalhando, tramando e conspirando a meu favor.

É o mesmo que falar: Eu tenho a força! Não é preciso se sentir um verde e feioso hulk; é necessário apenas, aceitar o que se é realmente. Aí, tudo é plenitude. Porém, nos caminhos da vida, vamos nos deparando com as vaidades, - ruins em maior intensidade-,com os medos  e  as incertezas. Contudo, é importante reconhecer o valor do poder que se tem, em vista dos objetivos, dos sentimentos e das verdades que cada um de nós possuímos, e é nesse limiar que as emoções se tornam fortes e o universo reconhece que não há ninguém maior e nem mais importante que eu mesma.

Isto posto, é necessário petrificar o pensamento de que o poder,  calcado pelos objetivos e metas será erguido no cósmico e fincado no mundo para se sorver a felicidade.

A felicidade não se encontra naquilo que se espera que os outros possam proporcionar, apontar ou indicar; ela está dentro de cada pessoa, de cada ser vivente.

O que importa é o que sou e tenho para mim mesmo. Pensando assim, liberto-me das agruras do julgamento do meu próximo e recupero a lucidez moral para tornar os meus atos poderosos e conscientes na tarefa de varrer as fraquezas e as intolerâncias e rumar para lograr os anseios da vitória e ser feliz.

Isto é felicidade. Este é meu jeito de ser feliz. Vem comigo e seja feliz com meu jeito de ser. É só refletir. E se não fosse?

REMOVENDO APETRECHOS

Todos os anos no mês de janeiro eu faço um verdadeiro inventário das coisas que costumo guardar.(este hábito é triste). Igualmente em 2012  já comecei  a escarafunchar os meus armários (Deus, estavam prá cair!) as minhas prateleiras e estantes, em todos os lugares da casa: quartos,salas, inclusive a de estudos, área de serviço e o meu atelier: este estava topado de revistas,pastas com anotações, com recortes de revistas e com todo tipo de apetrechos. Encontrei volumes de certificados e diplomas, meus, do meu marido, e dos nossos filhos, tenho todos , desde o jardim de infância até os convites para formatura do curso de Direito- todos são advogados, graças a Deus. Os certificados estavam todos catalogados e bem arrumados. Foi um exercício de saudosismo: tão lindos os cartões do dia das mães quando eles eram crianças aprendendo a escrever e a se expressarem: Nossa Senhora quase choro, mas agradeci a Deus pelo momento.

Agora, difícil mesmo, foi  olhar, ler e catalogar todos os exames e radiografias. O que faço com tantos RX? Gosto de reciclar, vou fazer moldes e estêncil, mas outro dia  vi num programa de TV uma pessoa dizendo que extrai prata pura dos RX. Já imaginaram o método e as toneladas por grama de prata?

O meu método é mais prático para limpar os filmes: algodão e água sanitária e depois tenho um ótimo material de trabalho.

Voltando  ao assunto do início desta conversa, encontrei recortes maravilhosos de revistas velhas. Este é um exemplo: Um poema de Fábio Heinen – Revista Astral 2009.

Mesmo que tudo esteja errado,

Que o tempo esteja nublado

E você me abandonado.

Ainda assim o sol vai brilhar

E esse dia vai passar.

Mesmo que outra guerra tenha começado,

Eu me lembre do meu passado

E o meu líder tenha me enganado.

Ainda assim o sol vai brilhar

E esse dia vai passar.

Por mais que você tenha chorado,

Mesmo que você seja reprovado

Ou  esteja  desempregado.

Ainda assim o sol vai brilhar

E esse dia vai passar.

Ainda que não consiga amar

E não entenda esse mundo

E os outros só querem te enganar,

Por  favor, não desista de tudo,

Pois ainda assim o sol vai brilhar

E esse dia vai passar

E sempre vai ter alguém do seu lado

Seja no presente, no futuro ou no passado.

Bonito, hein! E tem mais, aguardem!

Esse é o meu jeito de ser : Sempre feliz e sorrindo na vida.Beijos para todos .

Este poema pode ser encontrado em www.recantodasletras.com.br.

EMOÇÕES – UM DOS “QUÊS” DA VIDA

Emoção, o que é? É um inquietar-se, um movimento transitório diante de qualquer sinal, de qualquer acontecimento, é uma reação de sentimentos, uma inquietude da alma, do pensamento, das ações, passageira às vezes, demorada às vezes, mas que realmente produz no corpo e na alma alguma coisa desconhecida, indecifrável, inimaginável. Pensar, logo me emociona, de forma boa ou ruim, depende do que eu penso, do  que vejo, do que ouço, do que faço.

É maravilhoso este modo de refletir a vida. É magnífico este modo de viver, de sentir, de apalpar a vida.

As emoções são o combustível da alma e do corpo. São o sopro que move para te avisar da iminência do que chegou, ou vai chegar, do que aconteceu, ou vai acontecer. Tudo depende do “se”. Ah! Eu gosto de pensar no se. Nas várias possibilidades de tudo na vida. E se não fosse o “se”? Tudo seria sem possibilidades, sem o “às vezes” sem futuro. Ta! O se é futuro! É o meu jeito de ser e pensar.

Emocionar-se é ver, é auscultar, é ouvir, é muitas vezes o aparecer de algo concreto. Com tudo, a gente se emociona, com aquele sorriso, aquele abraço, aquele aperto de mão, aquele acenar que sinaliza um até breve, ou um “eu vou e volto logo”, aquele roçar de pele, que    arrepia  muito, e outras vezes pouco.

Emoções, são tantas, já disse Roberto Carlos. Tai, quem canta , sente e faz os outros sentirem emoções.

A maior de todas as emoções, -se é que existe mensuração- é a emoção de emocionar-se, e tudo é uma questão de momento, de conseqüência, de magia, de encanto e de vida.

Viva com emoção, pois seu respirar divino terá mais eco. Deus nos liga às emoções. E com harmonia é um jeito de ser.

E NO CÉU BRILHOU A LUZ DO AMOR PRÓPRIO

 

Que maravilha de festa! Até o céu brilhou mais naquela noite! Na imensa alegria daquelas pessoas, pais, irmãos, avós, parentes e amigos, a mulher resplandeceu e jogou fora a herança do servilismo, da futilidade, da mediocridade e mostrou, sem medo de errar, que tem valor, e é tão importante profissionalmente, quanto o homem.

Mostrou ao mundo que a mulher não é mais só servil, mas antes de tudo uma pessoa criativa, pensante e participativa, em tudo e em todos os lugares.

A festa que participei foi a da turma de medicina da Novafapi. Fiquei impressionada com o número de mulheres formandas em comparação ao quantitativo de homens, numa proporção de 3 mulheres para 1 homem.

Indagando com meus botões, me perguntei: Cadê os homens? Não querem mais estudar, ter uma formação, uma profissão? Ou estão deslumbrados com os flash para as colunas, com o título de filho de fulano de tal?

A vida é um canteiro de oportunidades e as mulheres, como boas semeadoras, estão semeando suas sementes na certeza de uma colheita  de bons frutos, ao invés de sonharem com uma vida de madame e um emprego de esposa dedicada.

A mulher quer um companheiro, um esposo, para chamar de seu, mas com direitos iguais, com sintonia na vida, para que ela olhe para dentro de si mesma e encontre o amor, a doação, sem pedir nada em troca.

Ela precisa que os ruídos dos sons da vida sejam sinfonia para suas ações, que os aromas de perfume não ofusquem os seus pensamentos tirando-lhe o sono, nem que os sabores exóticos  e extravagantes de lugares da moda ,possam  obstruir o verdadeiro paladar de pequenas garfadas em seu ninho de amor.

A mulher procura deslumbramento dentro de sua própria vida, com seu sucesso no trabalho, com suas conquistas, com seu jeito de ser. O homem perde a oportunidade de se valorizar e de viver a vida com maior riqueza de princípios. Ele agora tem medo dessa nova mulher.

Enquanto isso, nós pais, adultos amadurecidos, temos a responsabilidade de transmitir aos jovens homens, novos valores ou resgatar os mais velhos com honestidade, na certeza da intensificação de modelos de vida que não cabem a hipocrisia e nem a falsidade, mas antes de tudo a alegria de viver e a certeza de que há, além de tudo isso, no mundo, uma cabana, pessoas apaixonadas, amantes se curtindo, uma champanhe, comida gostosa e um cheiro de amor no ar, mas não uma mulher empregada como esposa. Este é meu jeito de ser. E se não fosse?