descrição superior



Bem vindos! Vamos interagir com vocês, amigos e amantes das boas vibrações da vida. Tudo em harmonia conosco. Você que visita o blog terá a oportunidade de conhecer minhas crônicas,textos e comentários de auto-estima e do nosso bem maior- a vida, além de adquirir dicas dos meus trabalhos artesanais.



domingo, 21 de agosto de 2016

O LIMIAR DA SOLIDÃO

Acordei hoje com mil planos para o dia, mas a primeira notícia que soube ao acordar foi que uma amiga acabara de falecer. Pronto, tudo foi mudado num piscar de olhos, o dia se tornou diferente.
Agora estou a pensar no limiar da solidão, a perda de uma pessoa querida, a saudade, a falta, o vazio não tem compreensão que caiba a dimensão dos sentimentos nesta hora.
Só o tempo –enquanto vida- é capaz de promover uma acomodação para a alma.Pois só ele é o instrumento da vida que alavanca os pensamentos, as ações, e as atitudes.
Eu não falo em morte, pois é o concreto diante da vida, pois tudo que tem nascimento terá morte. Eu falo da falta e da saudade que ficam entre as pessoas, principalmente daquelas da vivência diária, os familiares e amigos mais próximos. E a solidão, um estado que gera angústia, que nos coloca diante de portas, pode ser de entrada ou de saída, mas que de alguma forma nos aponta chaves para abrir mundos, para explorar mundos, para vivenciar o conhecido e o desconhecido. Mundos que nos faz propor perguntas dos porquês das coisas, e para as quais não damos e nem temos respostas.
Flávio Gikovate, que gosto muito, diz que a solidão é boa e que devemos ficar sozinhos de vez em quando... e que ficar sozinho não é vergonhoso. Diz que ficar sozinho nos dá dignidade, nos faz estabelecer um diálogo interno e descobrir que temos forças. E mais, que a harmonia e a paz de espírito são encontradas dentro de nós mesmo.
Pensando bem, a solidão é uma postura solitária diante da vida. Só acontece quando nos deixamos conduzir por acontecimentos ruins, ou fatos inusitados, inesperados em nossa vida, ou então quando nos propomos, de forma saudável, escolher a solidão para buscar caminhos, vias de acessos para mudanças que queremos fazer em nossa vida, pode ser até um desapego, um desaprender, um desencontro.
Quando me refiro a pessoas que já fizeram a viagem de retorno, eu gosto de falar da fé que se deve ter em Deus para ouvir com o coração as respostas mais enigmáticas do cósmico, de Deus mesmo. Só com fé somos capazes de captar mensagens e acomodar os sentimentos diante do que se pode chamar mistério. Ficar só, ou buscar a solidão como método de reencontro de respostas nos aproxima e nos transforma em ser participativo do mistério divino. É preciso ter fé, embora com solidão. É preciso ficar só, embora do seu jeito. Esse é meu jeito de ser. O seu, qual é.


quarta-feira, 10 de agosto de 2016

CONQUISTA SEM ÊXITO, PODE?











Fico imaginando que às vezes no meio da labuta nos damos conta de que trabalhamos tanto e no final o êxito foi insignificante, (se é que se possa mensurar o êxito). O êxito para mim é êxito, não tem tamanho, nem largura, cabe dentro das expectativas lançadas no momento da gestação das ideias, para determinado assunto ou tarefa, ou objetivo, ou qualquer demanda do consciente.
Prefiro pensar em conquistas, parece-me uma palavra que tem mais significado, é recheada de vibrações, de energia. Até parece que tem âmago, essência. Uma substância concreta que nos faz acreditar que tentando a alcançaremos. Daí, eu posso conquistar e não ter êxito?Eu posso ter e não ter ao mesmo tempo?Parece um  tanto vazio falar em êxito sem  conquista. É como ganhar o jogo naquela partida e não levar o troféu do campeonato.
Conquista sem êxito é como ganhar na mega sena e não saber usufruir do dinheiro; é como caminhar sem destino, a gente chega ao lugar, mas não tem objetivo nenhum ali; é como a  gente brigar, reclamar de algumas coisas ou pessoas e continuar  do mesmo jeito, sem captar mudanças de comportamento ou atitudes ;  é igual a comer uma fruta exótica,pouco conhecida e ter a sensação de que não comeu; é como falar e não ser ouvido; é como olhar e não enxergar;  é finalmente como minha avó falava, “chover no molhado”.
Então conquistar é ter êxito, é sorrir do sonho que se realizou, é poder gritar aos quatro cantos do mundo (êpa! o mundo tem canto?) que se é feliz; que se sente a pessoa mais vitoriosa do mundo; que é tudo, que pode tudo.  
Afinal, conquistar é experimentar, vivenciar a plenitude da vida, refletida naquele minúsculo momento da descoberta da vitória. O meu jeito de ser é de sentir a magia da vida; o encanto divino das sensações. Portanto, é melhor pensar em conquistas com êxitos. Vamos nessa!
ESSE É MEU JEITO DE SER!


Socorro Santos- 10 de agosto de 2016






quarta-feira, 3 de agosto de 2016

PACIÊNCIA... TUDO DE BOM


E aí começa... Cadê meus óculos, onde coloquei...! Cadê meu celular... Perdi! Onde deixei , alguém viu? Quem sabe? Oh! Gente onde tá a chave do carro... Alguém viu? Quem sabe...?
É assim que o tempo programa nossa vida. E haja paciência e muito amor e carinho para não se aborrecer ou quem sabe viver no limiar da tolerância.
E ter paciência ou conhecimento de alguma coisa; assunto ou situação faz parte do bom viver, do bem querer, do estou aqui para tudo, para você, para mim, para todos.
Afinal, vivenciar e mergulhar com tudo numa união de mais de trinta anos é viver uma vida, onde o amor, o bom viver, a amizade e o respeito reinam sempre e são instrumentos básicos de um casamento que se mantém vivo, até nas pequenas miudezas da vida.
Prestar atenção aos pequenos detalhes e aos mínimos esquecimentos faz parte diante da imensidão do bem querer e do bom amar.
Não é preciso e nem significante virá “mãezona ou babá”, mas com um jeitinho, tudo se torna fácil, só precisa ter paciência e sorrir diante dos mínimos esquecimentos que são pequenos fatores resultantes da fase de dispersão própria da idade dos “entas”.
Ter lugar para tudo, e adquirir novos hábitos como colocar a chave sempre no mesmo lugar, e devolver o que pegou para sua própria caixa, são atitudes que tornam o dia a dia mais fácil.
Aconteceu com um amigo meu um fato inusitado: Recebi uma mensagem super interessante, dirigida a uma amiga sua, do meu amigo. Li e reli várias vezes, retornei a mensagem com risadas e daí comecei a pensar: E se não tivesse sido para mim, se fosse para a mulher dele? Aí a situação seria outra, as indagações... não quero nem pensar!
Viver conectado é muito bom. A tecnologia, hoje, é indispensável em nossa vida. Em tempo de WhatsApp, é bom também prestar atenção na hora de encaminhar uma mensagem, porque o que é doce poderá ficar amargo. A velha história de chamar a Maria, de Clara ou o José   de João, sempre na melhor hora!Fazer o que? De que jeito?Não é esquecimento, é dispersão!
 Para tudo tem um jeito! Qual é o seu? O meu é esse, escrevendo... e se não fosse!
Socorro Santos – 11.02.2016


segunda-feira, 7 de março de 2016

BUSCANDO CAMINHOS por Socorro Santos




Hoje eu me perdi nos cantos de Teresina; nos encantos dos encontros; no encantamento das pessoas.
Hoje aprendi que “perder-se é o caminho” (Ana Canas) porque nos encontros do caminho percebe-se que errar é encontrar. Fugir também é encontrar tudo e nada ao mesmo tempo, que é também o caminho.
Nos encantos dos cantos e quinas percebe-se que perder é ganhar, é caminho para aprender que a fé também é caminho para refletir o insondável; para imaginar que as certezas, assim como as dificuldades, são equipamentos para construção, onde nela, também, reconhecemos caminhos e até nos reencontramos.
Os tombos na vida mostram respostas – que são caminhos – para quase tudo.
Perder-se é também criar no tempo nuances poéticas e mergulhar no mundo com atitudes românticas – enquanto livres e independentes.
Perder-se é perceber abismos e transportá-los pelos caminhos como trampolim para as vivências poéticas – que são aquelas que notificam a alma, que insuflam as entranhas e o mais profundo do ser-essência.
Perder-se é sentir um coração aberto para as emoções – que são caminhos – realmente verdadeiras.
É preciso perder-se para refletir, para aprender que as lutas e batalhas só as conquistamos, enfrentando-as. Enfrentar também é caminho, inclusive para garantir o próprio caminho da vida.
Perder-se é também uma arte, que é o reflexo da vida, que, comungada com os encantos, cantos e encontros, justifica-se a própria vida.
Escrevi este texto muito inspirada nos encantos dos encontros pelos caminhos, com pessoas, que, de repente, suscitam uma reflexão – refletir é caminho.
Logo cedo fui atendida por um médico com o qual fiz exames e impressionou-me o encanto do tratar, do examinar, do ouvir, da atenção e do analisar; e por uma médica que se perdeu num sorriso acolhedor e num modo singular de ouvir e encaminhar a consulta.
Muito feliz no encontro, falamos dos filhos e, emocionada, ela lembrou a indagação de seu filho: Mãe, os números não tem fim? Perder-me foi a solução para encontrar caminhos, perder-me para escrever um texto – que é também caminho – e assim como os números, os sentimentos, as coisas da alma e o amor não têm fim.

É com amor que tudo se enfrenta e tudo se vence e se encontra caminhos. E com o meu jeito de ser vamos nos perder para encontrar os caminhos. VAMOS?