CADÊ MINHAS LEMBRANÇAS?
É impressionante como os lugares,
as coisas, casas, paisagens, como as praças, a escola, a lanchonete, e até
aquele banco de praça fazem a gente lembrar anos de vida que já se passaram!
Passei próximo, outro dia, na Praça
Landri Sales e em frente ao Colégio Liceu e minhas lembranças afloraram; minha
memória buscou aquelas maravilhosas tardes, quando saía da aula de educação
física, na Escola Normal, onde conclui, com paixão, meu segundo grau, naquele
tempo chamado de Pedagógico.
Eu e outras colegas íamos para
casa caminhando, tempo aquele em que se podia sair por aí andando, olhando
tudo, ou quase nada, porque vivíamos mais de sonhos de menina moça, do que a
real fase da vida podia proporcionar.
É assim que se pode chamar de
vida bela, boa, ao mesmo tempo, porque o que faz a vida, hoje, acontecer e quase
não se perceber a sua passagem é a velocidade dos acontecimentos, por vezes, unida com a velocidade do descobrimento ou
conhecimento dos fatos.
Mas voltando ao Liceu, descobri e
senti no fundo da alma e revivi todos aqueles passeios, no final de tarde,
quando os estudantes do Liceu saiam das aulas. A Escola Normal, só de mulheres
e o Liceu só de homens. Senti o encanto de adolescente, da época, o flerte,
rápido e muitas vezes mudo.
Se rendeu algum namoro,
casamento, claro, conheço vários que até hoje, vivem casados e muito bem,
lembrando com certeza, como eu, aquela praça, aquele banco, e o velho jardim,
como cantou, também na época, o admirável Ronni Von.
Realmente a imaginação,
principalmente aquela que tira do baú da memória, não tem limites, assim como
os sonhos, os que foram realizados e os que ficaram apenas em sonhos e
continuam a povoarem os pensamentos e as lembranças. E o meu jeito de ser busca
cada memória! E se não fosse?