Fui comtemplada com duas páginas de uma
conceituada revista,TOP NEWS,de Teresina-PI, cujo Editor colocou seu foco em meu trabalho com artes.
A mim foi solicitado
responder um extenso questionário, elaborado com esmero e variados assuntos.
Sentei confortavelmente a minha
mesa de trabalho, e no meu caderno de rascunhos – ainda costumo fazer
rascunhos-, comecei a escrever o meu perfil. Gostei muito, sem modéstia
nenhuma- do que escrevi, e pensei: Vou inserir nos meus textos e crônicas que
regularmente escrevo no meu blog. E ficou assim:
Maria do Socorro Santos dos
Santos, natural de Passagem Franca , estado do Maranhão e piauiense de coração.
Bacharel em Filosofia pela
Universidade Federal do Piaui, Pos graduada em Metodologia do Ensino Superior
pela Pontificia Universidade Católica de Minas Gerais.
Desde muito criança já
desenhava e pintava e com muitos aplausos dos meus professores.
Deixei acalentado esse
talento por muitos anos devido a necessidade que tive de executar outras
atividades.
Após ter realizado vários
trabalhos, que de certa forma mexiam com a vaidade das pessoas, seus encantos, seus sonhos, como organizar e realizar eventos,
também trabalhei com flores. Fui proprietária de uma floricultura onde tive a
oportunidade de desenvolver um processo criativo para atender os sonhos dos
clientes ao adquirir e mandar flores para alguém, bem como ambientar lugares
com flores.
Foi com essa atividade, que
meu sonho de expandir meus conhecimentos e minha tendência para as artes, se
intensificou e o que tinha adormecido desde a infância aflorou e eu optei
autocraticamente colocar em prática e realizar um trabalho com artes.
Fiz e faço curso de pintura
em tela com a Mestra Josefina Gonçalves a quem deposito grande admiração e
excelência no que faz.
Não me vejo inserida num
estio definido nas artes, até porque fazer arte é fazer fluir de dentro para
fora uma vontade, um sonho, um desejo de
fazer algo. Então é só começar. No meu caso, hoje, eu pinto tudo, desde
uma folha caída no chão até um semblante de mulher.
Falando em mulher me refiro
á maior e mais bela das artes criada por Deus.
Deus para mim é meu maior e
mais admirado artista. Basta contemplar a beleza da natureza-, campo vasto para
as artes-, para Tê-lo como pintor preferido.
Sou admiradora de todas as
pessoas que fazem artes, daquele menino, jovem, ou senhor de rua, que vivem pintando com os dedos, dos
pintores com a boca, dos profissionais pintores. Alias, para mim é difícil
definir arte só como profissão. Vejo a arte como inspiração pessoal capaz de
conduzir o observador a adquirir um trabalho seu. Eu trabalho por paixão e por
prazer de fazer. Primeiro eu satisfaço o meu querer, o meu sonho e o meu gosto
para depois pensar se alguém gostaria de levar, de adquirir uma peça minha.
Nas artes, eu penso, não se discute gosto.
Aliás, gostar de algo é um sentimento muito pessoal e intransferível, portanto,
indiscutível. “Gosto”, se aceita o outro, tanto quanto o nosso.
Uma obra de arte reflete
aquilo que o observador procura, analisa e pesquisa, e Fernando Pessoa disse: “Arte
consiste em fazer os outros sentirem o que nós sentimos”.
Assim, não me coloco nas
artes nem como amador, nem por mero passatempo, nem como profissão.
Gosto de citar Leonardo da
Vinci: Arte diz o indizível, exprime o inexprimível, traduz o intraduzível.
Nesse contexto me coloco
como uma apaixonada. A paixão não se explica, vive-se.
Eu não defino o tempo para
fazer um trabalho de pintura em tela, em madeira, em cerâmica ou uma peça de
mosaico. O trabalho é que define o tempo que é necessário para executá-lo.
Meus trabalhos, minha
produção são frutos do tempo que disponho para tal. Gandhi disse “que a arte da
vida consiste em fazer da vida uma obra de arte”. Se essa afirmação consiste em
um estilo, esse é o meu preferido. E para completar, Carlos Drummond também
disse sabiamente: “Ser feliz sem motivos é a mais autêntica forma de
felicidade”.
Sonho de consumo, quem não
os tem? O meu sonho, nesse momento, é abrir e instalar minha Galeria de Artes e
Artesanato. Será um lugar, onde farei minha primeira exposição individual e
também dos meus trabalhos artesanais. O artesanato é considerado a mais rica
forma de arte porque é uma terapia, é amor, alegria, dom, é sustentação
espiritual, relax, transformação. O artesanato é vida, é tudo de bom. É
finalmente, escrever no tempo um poema sem palavras, é dizer: Fiz com amor.
Quando se fala em amor, se
fala em arte e Nietzsche afirmou: “Que ela existe para que a realidade não nos
destrua”.
Arte faz a gente escrever
sem palavras como fez e ainda faz o Mestre dos Sonhos- Francisco Brennand.
Tive o privilégio há poucos
meses, de conhecer a oficina Brennand, o mundo de Brennand, o museu a céu
aberto de Brennand. Confesso que fiquei impressionada, até o ar que respiramos
lá é um ar artístico, e tudo ali está escrito sem palavras - nas cerâmicas- ele
escreve com cerâmica. Avistei uma placa na entrada que diz :”IMMOTUS NEC
INERS”(Imóvel mas não inerte).
Tudo que nessa vida se faz,
é para alguém, é com alguém. Portanto eu não conseguiria ser o que eu sou e
faço, hoje, se não tivesse o apoio e a compreensão, além da admiração do meu
marido e companheiro Adão e dos meus filhos, Adalya, Arana e André, dos meus
genros Aquiles e Gustavo e da minha nora Ingride.
Sem eles, eu penso que teria
muita dificuldade para realizar o meu trabalho. Família é a base, é a
sustentação de nossas vidas, é o ponto de partida e chegada, é o inicio, a
desenvoltura, a construção de todos os nossos projetos de vida.
Poder voar com nossos sonhos
só é possível quando voamos em revoada.
Para mim, arte é vida que se
vai colorindo aos poucos, fazendo combinações de cores e texturas, enquadrando
aqui e ali, cobrindo e descobrindo
nuances, colocando e retirando de cá e acolá, que se faz e refaz, que se
espelha e reflete, que finalmente não se explica, vive-se, mesmo que “pendurada” abstratamente, na força mais
potente do mundo-DEUS. Repetindo Brennand “IMMOTUS NEC INERS.
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