Escancarei uma gargalhada de
surpresa, de vergonha, pasmem!
Fiquei mesmo morrendo de vergonha
numa solenidade de comemoração, com entrega de títulos, tudo muito
rigorosamente organizado, com todos aqueles senhores em trajes elegantes: a
festa, o traje pedido foi passeio completo e muitos estavam de smoking.
O pior aconteceu foi quando uma
autoridade foi chamada e eis que aparece aquela figura vestida de jeans e
camisa comum.
A cena ficou deprimente e
vexatória. Todos se olharam e no salão surgiu um OOOOOH!Que pena! Foi o
primeiro a ser homenageado e a receber aquele título! Um diploma emoldurado,
bem produzido e requintado, apropriado para o evento.
Eu indago: Com que cara e coragem
aquela autoridade ficou ali, recebendo aquele título?
Penso que a sua falta teria sido
menos notada, do que aquela presença desfocada dos demais homenageados.
Penso igualmente: Cadê as
Assessorias, os Secretários, os ajudantes de ordem que prontamente deveriam ter
avisado e prevenido para onde e “com que roupa eu vou”.
Penso também: Quer aparecer se
fazendo passar por uma pessoa comum; ou desvalorizar o evento? Ou... Muitos
outros pensamentos.
Será que ela (autoridade) dormiu
sossegada naquela noite? Ou simplesmente riu muito, de todos aqueles
elegantemente vestidos que ao final saíram com suas elegantes senhoras para
dançarem a valsa dos homenageados?
Durante o ensejo da valsa, essa
autoridade e também homenageada procurou o “caminho de onde veio” e escapou de
“fininho” para o sossego de todos os que permaneceram na festa.
E como indagar faz bem. Eu indago
o seguinte: A roupa faz a diferença? A
pessoa, no caso a autoridade, faz a diferença? Assim é meu jeito de viver.
Assim é meu jeito de ser. E se não fosse?
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